domingo, 17 de maio de 2015

Sorrateiro

Quando sai não olhei para trás
Fechei a porta sem fazer barulho
Na calada da noite, todos dormiam
Levei apenas umas mudas de roupa
Sai de cabeça pensada
Não queria lamentações
Não queria choros
Na calada da noite foi muito mais fácil

Na manhã seguinte
Não recebi ligações, nem contestações
Deixei uma carta 
Covarde, insensível e até mesmo desprezível

Ver as lagrimas
Os questionamentos
Me fariam fraquejar
Precisava sair na surdina

Naquela noite perdi a razão
E nos olhos que eu poderia ter visto lágrimas de amor
Hoje vejo desprezo e dor

 Gabriela Devaneios


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