Quando sai não olhei para trás
Fechei a porta sem fazer barulho
Na calada da noite, todos dormiam
Levei apenas umas mudas de roupa
Sai de cabeça pensada
Não queria lamentações
Não queria choros
Na calada da noite foi muito mais fácil
Na manhã seguinte
Não recebi ligações, nem contestações
Deixei uma carta
Covarde, insensível e até mesmo desprezível
Ver as lagrimas
Os questionamentos
Me fariam fraquejar
Precisava sair na surdina
Naquela noite perdi a razão
E nos olhos que eu poderia ter visto lágrimas de amor
Hoje vejo desprezo e dor
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